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SÃO JOSÉ DOS PINHAIS: A “RODOVIÁRIA” QUE ENVERGONHA

São José dos Pinhais, cidade próspera, marcada pela presença das maiores montadoras automotivas, grandes indústrias, comércios diversificados, turismo rural de alto padrão e uma agricultura forte, consolidou-se como potência em hortifrutigranjeiros.

 

Com um território de 946,4 km² e uma população de 329.628 habitantes, abriga ainda o maior aeroporto do Sul do Brasil: o Aeroporto Internacional Afonso Pena, situado no bairro Afonso Pena.

 

Diante de tanta grandeza, a população esperava que a gestão municipal estivesse à altura. No entanto, a digníssima chefe do Executivo, com o apoio dos nobres vereadores, anunciou a construção da “nova rodoviária” da cidade. O detalhe que causa espanto: segundo o próprio edital, a obra terá apenas 20 m², interno ao terminal Central Coletivo.

 

Na prática, não se trata de uma rodoviária, mas de um simples puxadinho no terminal central de transporte coletivo. Um espaço tão diminuto que, se não for o menor do Brasil, certamente entrará no Guinness Book pela sua desproporção diante da importância da cidade.

Para piorar, desde 2024 a mídia noticiava a existência de um terminal transporte coletivo Afonso Pena. Contudo, por conveniência política, preferiu-se apresentar como “rodoviária municipal” apenas um improvisado ponto de embarque e desembarque. Para alguns veículos, o terminal de ônibus coletivo passou a ser vendido como se fosse, em sua totalidade, o novo terminal rodoviário estadual.

 

Crime talvez não seja, mas imoralidade é. Usar uma obra tão limitada como peça de marketing político-eleitoral, com o aval dos poderes Executivo e Legislativo, é desrespeito à população que paga impostos e merece infraestrutura condizente com a grandeza de São José dos Pinhais.

 

Sobre Paulo Silva Filho