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Saiba como detectar os primeiros sinais do silencioso câncer de pâncreas

A morte do cantor norte-americano D’Angelo, de 51 anos, vítima de câncer de pâncreas, reacendeu o alerta sobre uma das doenças mais letais e silenciosas da atualidade. Embora possa afetar pessoas de qualquer idade, o tumor pancreático é mais frequente a partir dos 50 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a maioria dos casos ocorre entre os 55 e 74 anos.

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 11.490 novos casos de câncer de pâncreas em 2025, sendo 5.980 em homens e 5.510 em mulheres. Apesar de representar apenas 2,6% dos diagnósticos de câncer no país, é responsável por cerca de 4% das mortes por câncer, segundo o Ministério da Saúde. A taxa de sobrevivência média após cinco anos do diagnóstico é inferior a 10%, em grande parte devido à dificuldade de detecção precoce.

O pâncreas é uma glândula localizada na parte superior do abdômen, atrás do estômago, com formato semelhante a uma vírgula. Ele desempenha funções essenciais, como a produção de enzimas que auxiliam na digestão e a regulação dos níveis de glicose no sangue por meio da liberação de insulina.

De acordo com o centro médico norte-americano Mayo Clinic, o tipo mais comum da doença é o adenocarcinoma ductal pancreático, caracterizado pelo crescimento anormal de células nos ductos do pâncreas. O oncologista cirúrgico Chee-Chee Stucky explica que esse tipo de câncer costuma ser descoberto em estágios avançados, quando já se espalhou para outros órgãos, o que reduz as chances de cura.

Sintomas mais comuns

Os sinais do câncer de pâncreas costumam ser sutis e facilmente confundidos com problemas digestivos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Entre os sintomas mais relatados estão:

• dor abdominal que se irradia para as costas
• perda de apetite e emagrecimento sem causa aparente
• pele e olhos amarelados (icterícia)
• fezes esbranquiçadas ou flutuantes
• urina escura
• coceira na pele
• náuseas e fraqueza constante
• diagnóstico recente de diabetes ou piora no controle da doença
• dor e inchaço em braços ou pernas devido à formação de coágulos

O tratamento depende do estágio da doença e pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação dessas abordagens.

Especialistas alertam que, por ser um câncer silencioso, a prevenção e o diagnóstico precoce são os principais aliados. Manter uma alimentação equilibrada, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, controlar o peso e fazer exames regulares são medidas recomendadas para reduzir o risco.

Se sintomas persistirem ou se houver histórico familiar da doença, a orientação é procurar um médico o quanto antes. Segundo o INCA, a detecção precoce aumenta significativamente as chances de sobrevida e melhora a resposta ao tratamento.

O artista, de 51 anos, morreu após enfrentar um câncer no pâncreas, conforme a família informou através de um comunicado emitido esta terça-feira, dia 14 de outubro

Folhapress | 16:36 – 14/10/2025

 

 

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