O Brasil registra 59 notificações relacionadas à intoxicação por metanol até a tarde desta quinta-feira (2). O balanço foi apresentado pelo ministro Alexandre Padilha, em entrevista à imprensa na Sala de Situação, instalada pelo governo para monitorar os casos e coordenar as medidas de resposta.
Dessas 59, 11 já tem a detecção laboratorial da presença do metanol por um Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs). Há ainda um 12º caso, do rapper Hungria, em que a presença do metanol foi detectada em exame feito no hospital onde o paciente está internado, em Brasília.
“Tem um 12º, que é um caso aqui de Brasília. Nossa equipe está acompanhando desde o início da internação este caso, nós já temos a informação que foi detectada a presença do metanol no exame feito no hospital onde esse paciente está internado. Então, a gente já pode colocar que são 12 confirmados”, afirmou Padilha. Apenas uma morte decorrente desse tipo de intoxicação foi confirmada pelo Ministério da Saúde no estado de São Paulo. Mais sete óbitos seguem em investigação, sendo dois em Pernambuco e os outros cinco também em São Paulo.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sugeriu que as pessoas não tomem destilados, a menos que tenham “absoluta certeza” da procedência.
Ministro, que também é médico, citou “três regras para qualquer bebida alcoólica”. “Primeira regra, se beber, não pode dirigir. Segunda, se for beber, sempre muito hidratado e bem alimentado, isso pode, inclusive, reduzir os impactos de uma bebida adulterada, como é o caso do metanol. E terceiro, tenha segurança da origem”, disse, em entrevista à rádio CBN, na manhã desta quarta-feira (1º).
“Eu sugiro, de fato, que as pessoas evitem, nesse momento, ingerir bebidas destiladas sem terem absoluta certeza da origem dela”, disse Alexandre Padilha, ministro da Saúde.
Além de evitar consumir destilados de origem incerta, pacientes devem fornecer informações detalhadas aos profissionais de saúde. “Quando [pacientes] chegam à unidade [de saúde], às vezes contam os seus sinais, seus sintomas, mas não fazem alerta específico: ‘fui a um lugar, bebi algo de que eu não sabia a origem'”, afirmou Padilha.